A Grande Ilusão (2024): minissérie da Netflix baseada em um livro de Harlan Coben

A Grande Ilusão (Fool Me Once) é uma minissérie de suspense britânica lançada pela Netflix em 2024, baseada no romance homônimo do norte-americano Harlan Coben. A trama acompanha Maya Stern (Michelle Keegan), ex-militar casada com Joe Burkett (Richard Armitage), herdeiro e executivo da poderosa farmacêutica Burkett. Numa noite em um parque, Joe é morto a tiros durante uma tentativa de assalto, deixando Maya devastada.

Dias depois, Maya recebe de uma amiga um porta-retrato com câmera espiã. Ao assistir à gravação, ela vê ninguém menos que o próprio marido interagir com sua filha, a pequena Lily (Thea Taylor-Morgan). Esse registro põe em xeque a sanidade de Maya: estariam as visões apenas fruto do luto ou haveria algo mais por trás da morte de Joe? A partir daí, ela confronta Judith Burkett (Joanna Lumley), matriarca da família, e começa a desenterrar segredos do passado com o auxílio de seu ex-companheiro de exército, Shane (Emmett J. Scanlan).

Maya é observada de perto pelo policial Sami Kierce (Adeel Akhtar), responsável pelo caso, enquanto novas conexões emergem entre a morte de Joe e o assassinato de sua irmã, Claire (Natalie Anderson), ocorrido meses antes sob circunstâncias semelhantes.

Shane (Emmett J. Scanlan) e Maya (Michelle Keegan)

Com oito episódios bem amarrados, A Grande Ilusão tem ganchos envolventes que prendem até o último capítulo. Embora eu não seja fã da escrita de Harlan Coben, e costume preferir as adaptações, reconheço o talento do autor para criar tramas instigantes: mentiras e reviravoltas se entrelaçam, alimentando teorias e especulações. Os personagens são bem desenvolvidos; destaco especialmente o arco do policial Sami Kierce.

O elenco é excelente, e a direção de David Moore e Nimer Rashed se mostra eficiente. Apesar de alguns pontos soltos ao longo da narrativa, a série é uma ótima pedida para quem gosta de suspenses policiais. O livro que a inspirou foi publicado em 2017 e ganhou edição brasileira pela Editora Arqueiro em 2021, com tradução de Marcelo Mendes.

Nota: 👻👻👻👻